Se você é fã de rock progressivo ou simplesmente ama uma música que toca o coração, já deve ter ouvido falar de “Afterglow”, uma das pérolas da banda Genesis. Lançada em 1976 no álbum Wind & Wuthering, essa canção é um exemplo perfeito de como a banda misturava emoção, melodia e letras profundas. Neste post, vamos mergulhar na história por trás da música, os autores, o processo de criação, a letra, os arranjos e ainda trazer algumas curiosidades sobre shows e clipes.
No final desse post veja 2 covers que eu considero os melhores de “Afterglow”.
Quem Criou “Afterglow”?
“Afterglow” é uma obra-prima escrita por Tony Banks, o tecladista e cérebro musical do Genesis. Tony é conhecido por suas composições cheias de camadas e sentimento, e essa música não é exceção. Ele escreveu a canção em um tempo recorde, algo que o próprio Banks já descreveu como um momento de inspiração quase mágica. O álbum Wind & Wuthering foi gravado em Hilvarenbeek, na Holanda – o primeiro disco do Genesis feito fora do Reino Unido. Na época, a banda estava em transição: era o último trabalho com o guitarrista Steve Hackett, que deixou o grupo logo depois.
Phil Collins, que já tinha assumido os vocais após a saída de Peter Gabriel, trouxe sua entrega emocional característica para a faixa. Mike Rutherford, no baixo e guitarra, e o próprio Banks, com seus teclados atmosféricos, completaram o time que deu vida à música. Apesar de algumas tensões criativas no processo (Hackett sentia que suas ideias estavam sendo deixadas de lado), o resultado foi uma faixa que até hoje emociona fãs pelo mundo.
A Letra: Um Grito de Saudade

A letra de “Afterglow” é um daqueles textos que te pegam desprevenido e te fazem sentir tudo. Escrita por Tony Banks, ela fala de perda, saudade e um desejo profundo de reconectar com algo ou alguém que se foi. Vamos olhar alguns trechos de perto:
- “Like the dust that settles all around me / I must find a new home” (“Como a poeira que se assenta ao meu redor / Eu preciso encontrar um novo lar”): Logo no começo, esse verso já cria uma imagem forte. É como se o narrador estivesse cercado por restos do passado, perdido, precisando seguir em frente, mas sem saber como.
- “I would search everywhere just to hear your call”* (“Eu procuraria em qualquer lugar só para ouvir seu chamado”): Aqui, a gente sente o desespero e a esperança misturados. É alguém que faria qualquer coisa para ter um sinal, um eco daquela pessoa ou momento que perdeu.
- “Though there’s slow and long decay / Still I hope someday” (“Embora haja uma decadência lenta e longa / Ainda espero algum dia”): Esse trecho é puro coração. Mostra que, mesmo com o tempo apagando as coisas aos poucos, o narrador não desiste de sonhar com uma volta, uma cura.
- “For now I’ve lost everything, I give to you my soul”* (“Agora que perdi tudo, eu te dou minha alma”): Esse é o clímax emocional da letra. É um momento de entrega total, quase como um sacrifício. A voz de Phil Collins aqui parece carregar o peso do mundo, e dá um nó na garganta de quem ouve.
Muitos interpretam a música como uma reflexão sobre o fim de um relacionamento ou até uma metáfora para algo maior, como a passagem do tempo. O tom nostálgico e melancólico ressoa com quem já sentiu aquele vazio que não explica. É simples, mas poderoso demais.
A Melodia e os Arranjos: Emoção em Cada Nota
A melodia de “Afterglow” começa suave, com um piano delicado de Tony Banks que parece te abraçar. Aos poucos, ela cresce, ganhando força com camadas de teclados e a guitarra sutil de Rutherford. O ponto alto é o refrão, onde a bateria de Collins entra com tudo, levando a música a um clímax emocionante. Os arranjos são típicos do Genesis da era progressiva: ricos, cheios de texturas e com uma vibe que mistura rock e quase uma orquestra clássica.
O final da música tem aquele efeito “angelical”, como alguns fãs descrevem – um redemoinho de sons que te deixa arrepiado. Não é à toa que ela era usada para fechar shows: é um momento que fica na memória.
Curiosidades sobre Shows e Vídeo Clipes
- Ao Vivo, Uma Explosão de Emoção: “Afterglow” era um dos pontos altos dos shows do Genesis, especialmente na turnê do Wind & Wuthering. Na turnê Invisible Touch de 1987, ela apareceu em um medley com “In The Cage” e “In That Quiet Earth”, mostrando como a banda reinventava suas músicas ao vivo. Já na turnê final, em 2021-2022, Phil Collins, mesmo com limitações físicas, entregou uma versão mais calma, mas igualmente tocante – prova do poder duradouro da canção.
- Steve Hackett Ama Essa Música: Apesar de ter saído do Genesis logo após o álbum, o guitarrista Steve Hackett já declarou que “Afterglow” é uma de suas favoritas do repertório da banda. Ele até a incluiu em seus shows solo do projeto Genesis Revisited.
- Sem Clipe Oficial, Mas…: “Afterglow” não tem um videoclipe oficial da época, o que era comum para muitas faixas dos anos 70. No entanto, fãs podem encontrar gravações ao vivo incríveis, como as do Seconds Out (1977), que capturam a energia da banda no palco.
- Histórias dos Fãs: No Reddit, um fã contou que teve que parar o carro de tão forte que foi o impacto de ouvir “Afterglow” enquanto dirigia. Outro disse que quer a música tocada em seu funeral – é o tipo de conexão que poucas canções conseguem criar.
Por Que “Afterglow” Ainda Encanta?
Mesmo quase 50 anos depois, “Afterglow” continua sendo um destaque no catálogo do Genesis. Ela combina a complexidade do rock progressivo com uma emoção crua que fala com todo mundo. Seja pela letra que mexe com o coração, pela melodia que cresce como uma onda ou pelos arranjos que mostram o talento de Tony Banks e cia., a música é atemporal.
E aí, já ouviu “Afterglow” hoje? Coloca nos fones, fecha os olhos e deixa ela te levar. Se você é novo no universo do Genesis, essa é uma ótima porta de entrada. E se já é fã, conta aqui nos comentários qual é o seu momento favorito da música!
Covers de Afterglow
Steve Hackett – Afterglow (feat. John Wetton) – Live at Hammersmith (2013) Remastered – HD
Afterglow – Genesis cover feat. Lena Lannergren
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